O número de casas fortemente afectadas pelo incêndio que afectou Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos subiu para 90. Além das casas de habitação, foram afectadas 26 empresas, que representam 273 postos de trabalho, revelou, no sábado, o presidente de Câmara daquele município, Valdemar Alves, admitindo que "o número poderá aumentar".
"Agora estamos no terreno e vamos continuar" o levantamento, afirmou, à agência Lusa, o autarca de Pedrógão Grande. Segundo Valdemar Alves, esta é uma "altura para se repensar a floresta". "A floresta não deve estar tão sobrecarregada, como estava, de eucaliptos", notou, sublinhando que, para além de eucaliptos e pinheiros bravos, tem também surgido a acácia, uma espécie invasora - "uma nova praga que anda por aí".
Para o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, com um novo tipo de floresta, onde também deve estar presente o regresso à exploração agrícola, pode surgir "uma nova economia". "O mais difícil é levantar a moral" e não tanto as casas, sublinhou, mostrando-se confiante em relação o auxílio financeiro aos municípios.