Podemos, num livro, ler uma ameaça que nos é dirigida. Podemos, no cinema, ver e ouvir o actor “disparar” em nossa direcção. Mas nenhuma das “balas” alguma vez atingiria a plateia, ao contrário de um disparo efectuado de um palco de teatro. «Sem querer fazer mal a ninguém», foi com esta analogia que a actriz Marli, da Oficina de Teatro de Condeixa, quis sublinhar a proximidade com o público e o real, que são «a verdadeira essência do teatro» e o diferenciam de outras artes. O momento teatral foi o “tiro” de partida para a apresentação do V Festival Deniz-Jacinto, que arranca hoje e se prolonga até dia 10 de Fevereiro, no Cine-Teatro de Condeixa, com 15 espectáculos apresentados por companhias profissionais e amadoras de todo o país, num total de 20 sessões de teatro.