Um fato para o contra-relógio diferente dos demais começou por ser “desenhado” em Coimbra e vai ser utilizado nos Jogos Olímpicos (JO). O equipamento para ciclismo tem o “dedo” da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física bem como do Departamento de Engenharia Mecânica, através da ADAI – Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial e foi desenvolvido tendo por base os testes feitos em túnel de vento e a simulação das condições ambientais (temperatura e humidade) do Rio de Janeiro. Um fato produzido pela ONDA, a partir dos resultados dos testes, que, entre outras coisas, proporciona uma redução de peso de aproximadamente 20% em relação à versão anterior.
Este fato, ontem apresentado, vai ser um dos “trunfos” de Nélson Oliveira para os JO, ele que será o representante português na prova de contra-relógio a 10 de Agosto. Um fato feito à medida do ciclista, tanto em termos anatómicos como de resposta às necessidades térmicas e de refrigeração do organismo, e que o deixa satisfeito. «Este fato é melhor no que diz respeito à aerodinâmica e em certos tecidos na transpiração nota-se que é totalmente diferente. É bem mais fresco», constatou Nélson Oliveira, que admite que o trabalho que tem sido feito serve «para chegar ao Rio de Janeiro nas melhores condições», não temendo as condições climatéricas que irá encontrar. Questionado sobre se tem como objectivo chegar às medalhas, apenas promete dar o melhor. «Ainda agora vim da Volta a França, onde fiz 3.º no contra-relógio o que me deu mais confiança para os Jogos Olímpicos. Não estou obcecado pelas medalhas. Para já, pretendo ficar nos dez primeiros e tudo o que vier por acréscimo será sempre bom», assume o atleta que irá enfrentar um percurso «bastante complicado, com duas ou três subidas duras».
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