Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Florestgal tem novo presidente sete meses após a demissão do seu antecessor


Fotografia: DR Terça, 06 de Junho de 2023

José de Jesus Gaspar foi nomeado presidente da empresa pública de gestão florestal Florestgal, sete meses após a demissão do seu antecessor.
O atual vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, que desenvolveu a sua atividade de docente na área das ciências florestais e do ambiente, vai assumir a presidência da Florestgal, sediada em Figueiró dos Vinhos, a partir de quinta-feira, “na sequência do processo de recrutamento aberto para o cargo e após parecer favorável da CReSAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública]”, afirmou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Doutorado em ciências aplicadas ao ambiente pela Universidade de Aveiro, o futuro presidente da Florestgal era vice-presidente do Politécnico de Coimbra desde 2017, tendo liderado a Escola Superior Agrária de Coimbra entre 2010 e 2014 e esteve na direção da Florestis – Associação Florestal de Portugal, afirmou o Ministério do Ambiente.
José de Jesus Gaspar é também investigador do Centro de Ecologia Funcional e tem trabalho de investigação na área do fogo controlado, inventário florestal, planeamento do solo e sistemas de informação geográfica, refere a sua nota biográfica publicada no Instituto Politécnico de Coimbra.
Em outubro de 2022, o Governo demitiu o na altura presidente da Florestgal, Rui Gonçalves, que estava no cargo há pouco mais de um ano.
A demissão surgiu pouco depois de Rui Gonçalves ter publicado um artigo de opinião no jornal Público, no final de setembro, após o grande incêndio de agosto na Serra da Estrela, em que tecia várias críticas ao sistema, apontando para a “inutilidade” que a prevenção estrutural assumiu no combate às chamas nesse fogo, assim como para problemas de descoordenação do combate ao incêndio, com “demasiados agentes” no terreno.
“Parecíamos estar preparados para a nova geração de incêndios florestais, mas a realidade veio mostrar que a preparação não passou do papel para o terreno. Ou seja, temos muitos relatórios, programas e planos escritos e aprovados, mas não os conseguimos executar quando é necessário”, escreveu então Rui Gonçalves.
A Florestgal, com sede em Figueiró dos Vinhos, foi criada a partir de uma empresa pública já existente, a Lazer e Floresta, após os grandes incêndios de 2017.
A empresa está presente em 27 concelhos, gerindo uma área (própria e arrendada) de mais de 22 mil hectares, com um património avaliado em 36,3 milhões de euros.



Assinaturas

Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu