Foram anunciadas no final do ano passado como estando previstas para o primeiro semestre deste ano, mas afinal as obras para a reabilitação do edifício Cooperativa Agrícola, que irá albergar a Assembleia Municipal de Leiria, o Arquivo Municipal e vários serviços camarários, deverão arrancar só no final do ano.
A informação foi transmitida ao nosso jornal pelo presidente da Assembleia Municipal de Leiria, António Lacerda Sales, que esclareceu que o projeto de execução “foi entregue ao município de Leiria há duas semanas, encontrando-se neste momento em processo de análise técnica”.
Segundo António Lacerda Sales, a empreitada já obteve “todos os pareceres necessários para aprovação do projeto”, como a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil ou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento.
Ainda de acordo com o presidente da Assembleia Municipal, “foi solicitada a entrega da segunda versão do projeto de acordo com considerações técnicas, a completar, estimando-se a sua aprovação para finais do mês de junho”.
A futura empreitada “está prevista em duas fases”. António Lacerda Sales aponta a primeira fase a área correspondente à Assembleia Municipal sendo que, neste calendário específico, “o prazo previsto de início de obra será no final do ano de 2023 estimando-se um prazo de obra de um ano”.
O projeto da nova sede da Assembleia Municipal (AM) de Leiria foi apresentado em dezembro do ano passado e prevê a sua instalação no edifício Cooperativa Agrícola, que será reabilitado, com vista a acolher aquele espaço municipal, assim como o Arquivo Municipal e vários serviços camarários, num investimento superior a 3,1 milhões de euros.
O projeto da nova AM prevê um auditório com 140 lugares, preparado para receber os deputados, à semelhança, por exemplo do que acontece na Assembleia da República, onde os lugares dos deputados são acompanhados de toda a tecnologia necessária para que possa desenvolver os seus trabalhos, como computadores e sistema de votação.
Estão também previstos gabinetes pata os diferentes partidos com representação na AM de Leiria, assim como um gabinete para o presidente, entre outras valências.
Na altura, a arquiteta Sandra Macedo, destacou a complexidade da obra, tendo em conta que “o edifício não tinha capacidade para aquele número de lugares” e porque será necessário “criar espaços técnicos com as devidas condições de arquitetura e engenharia tecnológica para os futuros serviços municipais”.
A par das novas instalações da Assembleia Municipal de Leiria, também o Arquivo Distrital vai transferir-se para o edifício da Cooperativa Agrícola. Ficará instalado no piso -1, escolhido por “questões funcionais”.
Segundo Sandra Macedo, serão”14 quilómetros de prateleiras”, com “prateleiras específicas” próprias para receber milhares de livros.
O projeto prevê ainda a criação de um amplo foyer, que poderá ser transformado em espaço de galeria de exposições, apresentações, ou outros eventos.