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Época balnear termina com registo de 250 mil pessoas na praia do Pedrógão


Texto: Inês Gonçalves Mendes | Fotografia: Luís Filipe Coito Quinta, 21 de Setembro de 2023

A época balnear no concelho de Leiria terminou a 10 de setembro e o município registou uma afluência de 250 mil pessoas no areal da praia do Pedrógão, às quais se somam 16 mil pessoas na Lagoa da Ervedeira, neste que foi o primeiro ano desta estância enquanto praia lacustre, revelou o vereador Luís Lopes.
Durante a reunião de Câmara, realizada terça-feira, o vereador com o pelouro do Ambiente fez um balanço da época balnear nas duas praias do concelho e adiantou que, em média, estiveram por dia “2.600 pessoas na Praia do Pedrógão” e cerca de “200 pessoas na Lagoa da Ervedeira”. A época balnear na praia do Pedrógão teve início a 7 de junho e, na Lagoa da Ervedeira, arran­cou a 1 de julho.
Sobre a qualidade da água, o vereador elucidou também que todas as análises realizadas em ambas as praias revelaram uma “qualidade excelente”, algo que é motivo de “orgulho” por parte da autarquia leiriense.

Município registou cinco salvamentos
Quanto ao balanço relativo à atuação da equipa de nadadores-salvadores, que este ano contou com 16 pessoas, Luís Lopes referiu que foram registados “cinco salvamentos”, referentes a situações de “pré-afogamento”, e ainda “um total de 330 assistências a banhistas, maioritariamente por picadas de peixe-aranha.
Este ano, a Câmara de Leiria afirmou que não foram registados constrangimentos relativos à disponibilidade de nadadores-salvadores, devido aos cursos de nadador-salvador promovidos pela autarquia antes da época balnear. “Este ano, e devido à estratégia que implementámos, não houve constrangimentos em termos de disponibilidade de nadadores-salvadores, algo que se verificou nos anos anteriores. Por o município ter promovido um curso de nadadores-salvadores antes da época-balnear, foi possível recrutar todos os elementos, e, como tal, isso também contribuiu para que os resultados fossem aqueles que conhecemos, ou seja, sem nenhuma situação de afogamento”, observou.
Por outro lado, algo que preocupa a autarquia são os avistamentos de caravelas-portuguesas. Luís Lopes adiantou que, este ano, houve o “registo significativo de contactos com caravelas-portuguesas”, um animal que tem uma picada dolorosa, que pode causar reações alérgicas, e cujo aparecimento mais frequente é associado às alterações climáticas. Muitas das situações registadas, reportou o vereador, relacionaram-se com “crianças que acabam por tocar inadvertidamente nas caravelas e acabam por ter reações alérgicas ou, em casos mais graves – não se verificaram – queimaduras cutâneas”.
O responsável pela pasta do Ambiente recordou que não é habitual “um registo de contactos ou avistamentos de caravelas portuguesas tão a norte”, mas que, este ano, ocorreram situações relacionadas com caravelas-portuguesas “em três dias distintos” na praia do Pedrógão.
Face a este fenómeno, Luís Lopes pretende apostar na melhoria da “comunicação” camarária, de forma a alertar os banhistas para o perigo do toque com uma caravela-portuguesa e para dar a conhecer os procedimentos a tomar após uma picada.

Passadiços vão ser substituídos
Relativamente às acessibilidades na praia do Pedrógão e na Lagoa da Ervedeira, Luís Lopes referiu que, em 2023, o município procedeu à substituição de metade dos passadiços e, para o próximo ano, pretende reabilitar o resto.
“Este ano foram já substituídos metade dos passadiços existentes nas praias e, durante o próximo ano, antes da época balnear, serão substituídos todos os outros, de forma a que a praia do Pedrógão, mas também a Lagoa da Ervedeira, tenham os passadiços em perfeito estado de utilização”, defendeu.
Nesta reabilitação, também vão constar a introdução de acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida. “Queremos que seja uma praia para todos”, rematou.



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