O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, lamentou hoje a decisão de deixar de fora da ‘corrida’ ao novo aeroporto o concelho de Santarém, proposta defendida pela região.
“Ficámos, ontem, a conhecer a posição da Comissão Técnica Independente sobre a localização do futuro aeroporto. Sem prejuízo de analisar em maior profundidade o estudo, parece que tudo estava já preparado para aterrar em Alcochete. Infelizmente, as conclusões confirmam aquilo que já receávamos, que em Lisboa não há uma visão integrada do país”, afirma o também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL).
A mensagem foi divulgada hoje de manhã nas redes sociais, onde Gonçalo Lopes lembra que tinha defendido, “juntamente com vários autarcas, que a solução deveria localizar-se a norte do Tejo”.
“Não se entende que um país como Portugal, com uma situação financeira nada desafogada, com tantas necessidades de investimento público, se disponha a ‘esbanjar’ dinheiro na construção de um novo aeroporto cuja localização implique a construção de uma nova travessia sobre o rio Tejo”, afirma o autarca, para quem “não parece racional, e muito menos que este investimento, pela localização, agrave ainda mais as assimetrias de desenvolvimento do país, penalizando sempre os mesmos territórios”.
“Fica, uma vez mais, a região Centro prejudicada”, conclui Gonçalo Lopes.
Recorde-se que Alcochete e Vendas Novas são as duas opções identificadas pela comissão técnica independente como viáveis para um novo aeroporto, juntamente com Humberto Delgado até ser possível passar para infraestrutura única.
Ainda ontem, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves fez saber que discordava das das conclusões Comissão Técnica Independente (CTI) e mostrou-se surpreendido por Alcochete ter sido considerada a solução com mais vantagens para a construção do novo aeroporto.
Para o autarca, Santarém foi negligenciada e não foi devidamente considerada como uma opção viável para o novo aeroporto.
