Dezenas de agentes da PSP e militares da GNR estão concentrados junto à Câmara de Leiria, em vigília, como forma de protesto por melhores condições salariais e de trabalho.
Esta ação junta-se a várias que têm vindo a realizar-se em todo o país, como carros inoperacionais nos comandos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Porto de Açores.
Também desde segunda-feira elementos da PSP e militares da GNR estão concentrados em frente à Assembleia da República.
Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicatos, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
Ontem, o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública disse estar “sempre com os polícias” que estão em protesto, avançando que está a ser feita uma avaliação dos carros da PSP que estão parados.
Já o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, garantiu ontem que tem “estado sempre do lado dos polícias”, acusando a oposição de tentativa de instrumentalização, após o Chega ter proposto a atribuição de suplementos da Polícia Judiciária às forças de segurança.
“Julgo que todos têm consciência – aliás, reconhecem – que tenho estado sempre do lado dos polícias. O Governo tem estado do lado dos polícias”, adiantou José Luís Carneiro, salientando que há “um suplemento, por serviço, nas forças de segurança que varia entre os 292 euros e os 1.143 euros” e que se deve “evitar a instrumentalização de setores que são vitais à segurança coletiva e às funções de soberania”.