O andebolista internacional português Alfredo Quintana, guarda-redes do FC Porto e da selecção nacional, morreu ontem, aos 32 anos, deixando o mundo do desporto em choque. “O Hospital de São João comunicou ao FC Porto que Alfredo Quintana faleceu às 12 horas de hoje [ontem]. O guarda-redes luso-cubano da equipa de andebol, de 32 anos, tinha sido internado na segunda-feira depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória, quando se preparava para iniciar um treino no Dragão Arena”, lê-se no comunicado do FC Porto.
Quintana foi assistido no local do treino com o apoio de uma viatura do INEM e posteriormente transportado para o Hospital de São João, no Porto, onde ficou internado na unidade de cuidados intensivos. “Contando com diversos reconhecimentos individuais no palmarés, Quintana distinguia-se também pelas qualidades humanas, com destaque para a alegria com que contagiava todos os que acompanhavam o seu percurso. A perda tão dura e inesperada do homem, mais ainda do que a do atleta, deixa enlutado o FC Porto, que transmite as mais sentidas condolências aos amigos e à família”, conclui o comunicado do clube.
Diversas personalidades
manifestam o seu pesar
Ao longo do dia várias personalidades e instituições manifestaram pesar pela morte do jogador, natural de Havana, Cuba, que entretanto adquiriu nacionalidade portuguesa e representava a selecção nacional desde 2014.
O aveirense Ulisses Pereira, presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP) em 2014, quando o guarda-redes se estreou com as cores portuguesas, lamentou a morte de “um excelente atleta e uma pessoa de qualidade extrema”. “Todos lamentamos o desaparecimento, mais do que do andebolista do homem que ele era”, afirmou ao Diário de Aveiro.
Já Ulisses Pereira, seleccionador nacional feminino de andebol, também de Aveiro, admitiu ao nosso jornal que a morte do atleta deixou “todos em choque”. “Não perdemos apenas um dos melhores guarda-redes do mundo. Perdemos um ser humano de quem era impossível não gostar. Sempre disponível para todos, com um sorriso nos lábios, adorava estar com os seus fãs mais jovens. Era uma pessoa feliz. Lutou muito para chegar onde chegou e a sua jovem filha era o seu tesouro”, sublinhou Ulisses Pereira, dando conta que “Quintana foi uma inspiração para muitos e esta dor que a família do andebol sente mostra bem a sua dimensão como atleta e como homem”.