Há 33 anos, os mesmos que assinalam a atividade da Oikos – Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria, que a equipa recolhe amostras de água da Bacia Hidrográfica do Lis para monitorizar a sua qualidade. Este ano não foi exceção. O Dia Mundial da Água, que se celebra hoje, voltou a ter no terreno três equipas, que recolheram amostras em toda a extensão da bacia, desde a nascente do Lis até à foz, incluindo o rio Lena.
Hoje, pela manhã, acompanhámos Mário Oliveira, presidente da Oikos, numa recolha de amostra de água na ribeira do Sirol, às portas da cidade de Leiria.
De balde e garrafas de água vazias na mão, Mário Oliveira recolheu amostras suficientes para poder enviar para o laboratório no Centro de Saúde Gorjão Henriques. O mesmo acontecerá com as amostras recolhidas nos restantes 15 pontos, cujos resultados deverão estar prontos dentro de uma semana.
Mário Oliveira confessou não ter expectativa quanto aos resultados, porque a experiência mostra que a qualidade da água “é muito flutuante”.
“Depende da chuva, do acaso, do facto de haver descargas mais ou menos violentas. Se fizermos uma leitura a longo prazo, mostra que estamos infinitamente melhor do que já estivemos. Se fizermos uma leitura realista, continuamos muito mal”, apontou Mário Oliveira.
Ainda assim, preocupa-o a zona onde está localizada a Ponte do Arrabalde, que “nos últimos anos tem tido valores brutais”, e a Ponte das Mestras. “Significa que o Lena [rio] também vem contaminar”, frisou, acrescentando que “normalmente, os únicos pontos que estão aceitáveis é na nascente do lis e do lena”.
Os resultados vão ser conhecidos na próxima semana e poderão ser depois analisados pela comunidade científica e gestores do território. Para a comunidade em geral, a Oikos deverá disponibilizar os dados na sua página na internet.
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