Mais do que nunca, o papel das Associações Zoófilas (AZ) ganha preponderância nos dias de hoje, num mundo onde os animais são parte integrante. Ainda assim, as exigências e as necessidades são mais que muitas e todas as mãos são poucas quando falamos de cuidar os animais.
“Um dos constrangimentos que temos é a falta de voluntários, atendendo ao número de animais que temos e do trabalho que isso envolve”, explicou Susana Coelho, responsável da AZ Leiria, associação que tem atualmente 62 animais, um número que obriga Susana Coelho a dizer que estão “limitadíssimos”.
A AZL atualmente tem 10 voluntários e mais 10 ocasionais, prestando albergue e acolhimento a “animais errantes” que lhes sejam entregues, “através de pedidos de ajuda de pessoas que os encontraram ou que têm de os entregar”.
Apesar do trabalho desenvolvido por esta e outras associações, Susana Coelho não acredita que as pessoas estejam mais sensibilizadas para a questão da adoção de animais. “As pessoas continuam a querer animais da raça ‘xpto’. Muitas vezes não têm porque não podem pagar, ou quando têm e surge um problema são os primeiros a ser descartados”, frisou a responsável, adiantando que em 2002 foram adotados 9 cães e 14 gatos, num número muito inferior aos verificados em 2021, quando se registaram 38 cães adotados e 12 gatos.
Segundo Susana Coelho, o espaço que acolhe os animais, na Guimarota, “tem sido melhorado ao longo dos tempos”, adiantando que o principal projeto da AZL é “conseguir obter o estatuto de utilidade pública” e “conseguir arranjar bons lares e bons adotantes para que os nossos patudos sejam ainda mais felizes”.
Nesse sentido, a AZL dinamiza e participa em diversos eventos, como a Feira de Leiria, a Feira de Natal, cãominhadas solidárias, sorteio de rifas, dias abertos, entre outras iniciativas que possam aparecer pontualmente. Por outro lado, a AZL mostra o seu trabalho através das redes sociais e marca presença em eventos com participação canina em que levam sempre um cão “para ter visibilidade”.
Em relação ao futuro, a AZL aguarda a decisão da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros ao pedido de utilidade pública, algo que, a acontecer, traria mudanças significativas à associação nomeadamente ao nível do “reconhecimento” e de “alguns benefícios decorrentes desse estatuto”.
