“Exijo respeito”, pede o presidente dos Bombeiros de Esmoriz

Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz (BVE) juntam-se à contestação regional relativamente às atitudes e posturas da tutela governamental para com as corporações. “Exijo respeito”, sublinhou João Oliveira na sessão solene comemorativa dos 86 anos da Associação Humanitária, que preside. “Parece que os bombeiros só têm obrigações”, lamentou o dirigente, para constatar que “também têm direitos que não têm sido respeitados”. Em causa – sempre – a retribuição que o Estado deve aos bombeiros de Portugal, mas também, acrescentou o dirigente da corporação de Esmoriz, recentes atitudes tomadas pela ministra da Administração Interna, Constança Cunha e Sá, e pelo seu secretário de Estado, Jorge Gomes, que não agradaram. A intenção era que o recado seguisse, via Liga dos Bombeiros, para Lisboa, mas Carlos Pereira, um homem da terra, ex-presidente dos BVE e empresário benemérito, acabou por deixar uma solução para o potencial conflito: “A senhora ministra e o secretário de Estado que sigam o seu caminho; [em Esmoriz] vamos mostrar que somos fortes, vamos mostrar que somos melhores”. A família Pereira, proprietária do Grupo “Cordex”, é apoiante perene da corporação, tendo ao longo dos anos contribuído com dádivas financeiras e materiais no valor de 600 mil euros. Neste aniversário, contribuiu para uma nova ambulância, para equipamento para os voluntários e para uma intervenção num dos espaços do quartel.