Quem se recorda do antigo Hospital Distrital de Leiria dificilmente encontra semelhanças com o Hospital que lhe sucedeu, há 10 anos, sob alçada da Santa Casa da Misericórdia de Leiria. Foi propriedade da Santa Casa antes da revolução de Abril de 1974, passou a ser do Estado – acompanhando a nacionalização dos hospitais -, e voltou, às portas do século XXI, a pertencer às misericórdias, que mantiveram o espírito aguerrido.
Já em 2003, o hospital começou a ganhar novo ar, fruto de um investimento acrescido que reabilitou o edifício e o dotou das condições que Leiria merecia.
O passado lá vai mas o Hospital D. Manuel de Aguiar continuará a ser carinhosamente conhecido como 'o hospital velho'. É, na realidade, o novo hospital velho – mantém-se o velho espírito social, renovam--se os serviços, o atendimento, e, no geral, toda a oferta.
Este ano sopram-se as velas do 10.º aniversário e aplaude--se o crescimento sustentado que tem tido principalmente nos últimos três anos. No primeiro semestre deste ano, comparativamente a igual período do ano passado, o Hospital D. Manuel de Aguiar cresceu cerca de 20%, fruto da aposta em novas especialidades, que levou, como consequência, ao aumento do número de utentes.
O futuro quer-se ambicioso. Na área da saúde, a Santa Casa da Misericórdia prevê apostar na área estética, e na área social iniciar a reabilitação do Lar Nossa Senhora da Encarnação já em 2019, num investimento a rondar os 2,5 milhões de euros.
Até lá, a instituição dará continuidade ao trabalho feito na creche Casa Sanches, na Igreja da Misericórdia de Leiria, na Academia do Movimento Activo (AMA), nas cantinas sociais, no Serviço Integrado de Proximidade (SIP), no lar e na residencial, para além do Hospital, e a escrever outras tantas páginas de uma história secular. (Especial na edição impressa)
