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Candidatura da calçada portuguesa à UNESCO apresentada em 2025

A calçada portuguesa já foi reconhecida como património imaterial da cultura portuguesa, sendo este um incentivo para a candidatura do município à UNESCO no próximo ano.

A Associação da Calçada Portuguesa, da qual faz parte o município de Porto de Mós, vai apresentar a candidatura da calçada portuguesa à UNESCO no próximo ano. A novidade foi avançada ao nosso jornal pelo presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala, lembrando que a calçada portuguesa já foi “reconhecida como património imaterial da cultura portuguesa”, tendo este sido o “primeiro passo para se poder dar o passo seguinte”.

“Contamos que até ao final do ano tenhamos preparada a candidatura à UNESCO para apresentar no próximo ano. Porto Mós, em conjunto com a Câmara de Lisboa, são fundadores da associação [da Calçada Portuguesa] e portanto, nós neste momento já estamos a recolher outros municípios que têm património valioso ao nível da calçada portuguesa. Nós integramos esta candidatura porque é daqui que sai a grande maioria da matéria-prima para fazer os desenhos da calçada”, adiantou. “É o único território do país onde existe calcário preto, cinzento e branco”, acrescentou Jorge Vala, em entrevista ao nosso jornal.

A par desta candidatura, tam­bém os Muros de Pedra Seca, característicos de Porto de Mós, motivam outra candidatura europeia, já em curso e “liderada pela Grécia”, onde se incluem outros países.

“Portugal está na fase de adesão a esta candidatura. Isto é uma candidatura europeia que já está em curso liderada pela Grécia, com outros países, e Portugal está na fase de adesão a esta candidatura”, adiantou, acrescentando que quando “houve eleições autárquicas, o processo estava mais ou menos avançado”.

“Foi feito um levantamento dos concelhos que têm muros de pedra seca e que poderiam integrar a nível nacional esta candidatura, por exigência da anterior secretária de Estado da Cultura. Eu próprio tive nalgumas reuniões com o então presidente da Câmara Municipal de Penela, Luís Matias. Entretanto, ele sai da Câmara Municipal e o processo foi retomado pelo presidente da Câmara de Pombal, que, na altura, assumiu a Terras de Sicó”, explicou o autarca, dando nota que os Muros de Pedra Seca de Porto de Mós foram qualificados para a final das Sete Maravilhas da Cultura Popular.

“Aquilo que achamos é que qualquer coisa que seja pouco conhecida e que entre em casa das pessoas por via das televisões, facilmente se torna relevante e atrativo”, acrescentou Jorge Vala.

Porto de Mós quer ser geoparque

Também a ADSAICA - Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros está a preparar uma candidatura do parque a ‘geopark’ da UNESCO, que pretende ser a “afirmação de todo o território sob o ponto de vista da importância dos geossítios, da biodiversidade e da geodiversidade, mas também a importância daquilo que são as vivências e as memórias”.

Segundo afirmou Jorge Vala, um “geoparque tem uma identidade muito própria ligada ao território e à geodiversidade”. “E, aí sim, nós passamos a ter um produto no território, que é o Geoparque de Aire e Candeeiros, que há de ser potenciado por aquilo que somos enquanto população serrana”, sublinhou.

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