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AR recomenda construção do novo hospital do Oeste no Bombarral

A Assembleia da República recomendou ao governo a construção de um novo hospital público para a região Oeste até 2028, mantendo o Bombarral como localização definida.

A Assembleia da República (AR) recomendou ao governo que assegure a construção do novo hospital para a região Oeste até 2028, mantendo a decisão da sua localização no Bombarral, segundo uma resolução publicada em Diário da República.

O parlamento recomendou ao governo que “assegure a construção e funcionamento de um novo hospital público do Oeste, no decorrer da atual legislatura”, “cumprindo o estudo realizado e mantendo a decisão de o construir no local atualmente definido”.

Na recomendação, a AR defendeu que o governo deverá tomar decisões “antes da discussão do Orçamento do Estado para 2025” quanto ao “método de financiamento da construção e administração deste hospital”.

Considerou ainda que o novo hospital deve alargar “as especialidades e valências hoje existentes no Centro Hospitalar do Oeste” e garantir “capacidade de internamento hoje inexistente para várias especialidades”.

Na recomendação, é pedido ao governo que efetue obras nas atuais instalações dos hospitais de Torres Vedras, Peniche e Caldas da Rainha, para “melhorar as suas condições e adaptá-las, no futuro, a serviços de saúde em proximidade, com consultas externas de algumas especialidades, hospital de dia, tratamentos de reabilitação e cuidados continuados e paliativos, e reforço dos cuidados de saúde primários”.

O parlamento incitou também o governo a, em conjunto com os municípios da região e demais entidades, definir esses usos futuros e assegurar um “sistema de transportes eficaz em toda a região que permita às populações de toda a região o fácil acesso ao futuro hospital” e responder à necessidade de atrair médicos e outros profissionais de saúde.

Numa resposta dada à agência Lusa em maio, o Ministério da Saúde disse estar a avaliar o processo de construção do novo hospital do Oeste, que herdou do anterior governo, para tomar uma decisão, sem que sejam conhecidas decisões posteriores.

O Ministério da Saúde assegurou que “o Governo encara este projeto como muito relevante para toda a região e irá dar-lhe toda a prioridade que ele merece”. A construção do novo hospital do Oeste consta da ‘Pasta de Transição’ entregue pelo governo liderado por António Costa ao atual primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O perfil assistencial e a localização foram aprovados em junho de 2023, “estando em estudo o modelo de financiamento”, que foi entregue à consultora PricewaterhouseCoopers (PWC) em fevereiro deste ano. O perfil assistencial aponta para um hospital com 467 camas, das quais 381 são para internamento geral, 74 gabinetes de consulta externa, 17 postos de diálise crónica, hospital de dia polivalente e as especialidades de pediatria, oncologia e saúde mental. Está previsto um bloco operatório com 10 salas, das quais quatro vocacionadas para ambulatório e três para urgências, maternidade com nove quartos de partos e neonatologia com nove berços e seis incubadoras.

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