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Óperas ‘A Filha do Regimento’ e ‘O Último Canto’ no festival de Óbidos

A adaptação da ópera ‘A Filha do Regimento’ é estreia este ano, contando ainda com a apresentação das óperas ‘O Último Canto - Camões e o Destino’ e ‘Maria de Buenos Aires’.

As óperas ‘A Filha do Regimento’, ‘O Último Canto - Camões e o Destino’ e ‘Maria de Buenos Aires’ integram o Festival de Ópera de Óbidos 2024, que se realiza de 6 a 15 de setembro.

A adaptação da ópera ‘A Filha do Regimento’ vai ser estreada no festival, com sessões nos dias 13 e 15, a partir do original de Gaetano Donizetti com libreto de Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges e Jean-François Alfred Bayard.

“Vamos apresentar o seu original ainda que com libreto adaptado e legendagem em português já que é apresentada em francês”, explicou o encenador Jorge Balsa, na conferência de imprensa de apresentação do evento.

O responsável adiantou que a ópera está a ser trabalhada há vários meses pelos artistas, que se preparam para quatro semanas intensas de ensaios, até à apresentação.

A ópera é interpretada pela Orquestra Filarmónica Portuguesa, sob a direção de Osvaldo Ferreira, com o coro do Festival de Ópera de Óbidos, sob a direção de Filipa Palhares, e conta com um elenco de oito cantores, com a soprano Beatriz Maia no papel da protagonista Marie.

“Para mim vai ser um desafio enorme, porque vou ao extremo da comédia e do dramatismo”, afirmou Beatriz Maia.

‘O Último Canto - Camões e o Destino’, uma ópera e libreto de César Viana adaptada do poema dramático ‘Camões’, do russo Vassili Jukovski (1787-1859), por Larysa Shotropa e João Lourenço, e de poemas de Camões, vai ser apresentada a 7 de setembro.

Encomendado por ocasião dos 500 anos do nascimento de Camões, o espetáculo vai ser apresentado pela segunda vez ao público, com a participação do Coro Záve e do grupo Musicamerata Ensemble, com o barítono Luís Rodrigues (Camões) entre um elenco de quatro cantores.

A 6 e 8 de setembro, é apresentada ‘Maria de Buenos Aires’, uma ópera de câmara em duas partes, de Astor Piazzolla, com libreto de Horácio Ferrer.

O festival integra também, a 14 de setembro, uma gala de ópera, com a participação da soprano Susana Gaspar e do tenor Luís Gomes, bem como da Orquestra Filarmónica Portuguesa.

“É uma celebração do que é a ópera, sendo apresentados excertos de diversas óperas, como de ‘La Bohème’, ‘Manon Lescaut’, ‘Tosca’ e ‘Madama Butterfly’”, explicou o coordenador executivo do festival, José Rafael Rodrigues.

Com um orçamento a rondar os 340 mil euros, o festival espera cerca de 2.500 espectadores, o número de 2023, ano em que foi reeditado depois de uma paragem de 12 anos e em que os bilhetes esgotaram.

O festival “é fundamental para o enriquecimento cultural da população e para o desenvolvimento do território” e “atrai público mais diferenciado, sempre com o objetivo de promover a cultura”, afirmou o presidente da câmara, Filipe Daniel.

“O festival é um contributo de peso no panorama nacional e internacional”, disse Jorge Balsa, corroborado por Rui Morais, da Associação da Banda de Alcobaça, para quem é indispensável a existência de circuito nacional e internacional de óperas para rentabilizar o investimento feito nestas produções.

Os bilhetes já se encontram à venda, variando entre os 12 e os 35 euros, consoante os espetáculos, que se realizam em locais diferentes.

O Festival de Ópera de Óbidos, com apoio da Direção-Geral das Artes, é organizado pelo município, pela empresa municipal Óbidos Criativa e pela Associação da Banda de Alcobaça.

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