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Espetáculo "Aurora" em Tondela vai mostrar o nascer da democracia

"Aurora" é a mais recente produção dos Gambozinos e Peobardos que estreia na madrugada deste fim-de-semana

O espetáculo “Aurora”, em Tondela, vai iniciar-se na madrugada de sábado e terminar já em pleno dia, numa caminhada para representar a passagem da escuridão da ditadura para a luz da democracia, disse o encenador.

“É a passagem da noite para o dia, a passagem da ditadura para a democracia, é o antes do 25 de Abril e o pós-25 de Abril, é passar do medo para o sonho, a utopia. Tudo em duas horas”, adiantou o encenador e ator, Pedro Sousa.

O espetáculo “Aurora” tem estreia marcada para as 6:00 de sábado, com repetição no domingo, em frente à sede da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), e percorre “pouco mais de um quilómetro” até junto do Mercado Velho, com vista para a serra da Estrela, onde o sol nasce.

Esta ‘Aurora’ é uma loucura. Um espetáculo que começa às 06:00, noite cerrada, e acaba com a aurora, com o dia inicial, inteiro e limpo de que tanto Sophia de Mello Breyner nos falava”, acrescentou à agência Lusa o encenador.

A peça é uma produção do Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela, no concelho da Guarda, que com este projeto recebeu, pela primeira vez, apoio da Direção-geral das Artes.

Aurora” é, no entender do encenador, “um espetáculo muito sensorial, muito do silêncio, muito do observar a noite e depois a diferença do dia, é tudo isso” com o foco na noite em que se deu a revolução do 25 de Abril.

Pedro Sousa desvendou à agência Lusa que no decorrer da caminhada há quatro estações, sendo que a primeira terá como foco “o medo que existia na ditadura, nas próprias prisões e interrogatórios, e todas essas sensações que o público vai sentir”.

Na segunda, o tema central é a guerra colonial e a última é 50 anos depois.

Em cena estarão também quatro atores e três produtores, “um total de sete pessoas a fazerem o caminho com o máximo de 35 espectadores, para que seja mais intimista e se possa olhar nos olhos e não para um vazio”.

Os bilhetes têm um custo de 7,5 euros ou de 5 euros para associados da ACERT.

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