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Associação Sindical da polícia pede a primeiro-ministro para "salvar PSP"

A ASPP aponta como problemas graves a falta de efetivos, envelhecimento e desmotivação dos polícias, entre outros

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu hoje ao primeiro-ministro para “salvar a PSP” numa carta em que manifesta “profunda preocupação com o estado atual” da polícia e apela “a uma intervenção mais eficaz”.

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, maior estrutura sindical policial em Portugal, manifesta a sua profunda preocupação com o estado atual da Polícia de Segurança Pública.

Apesar de repetidos alertas ao MAI [Ministério da Administração Interna], grupos parlamentares, autarquias e outros responsáveis, persistem problemas graves”, escreve a ASPP numa carta hoje entregue na residência oficial do primeiro-ministro.

Na missiva, que é dirigida a Luís Montenegro, ministra da Administração Interna e diretor nacional da PSP, a ASPP aponta como problemas graves a falta de efetivos, envelhecimento e desmotivação dos polícias, cortes de folgas e direitos, precariedade nos equipamentos e infraestruturas e a saída para a pré-aposentação que acontece cada vez mais tarde.

O maior sindicato da PSP recorda que em julho passado foi celebrado um acordo com o Governo sobre a atribuição de um subsídio de risco com “a expectativa de abordar questões estruturais em 2025, incluindo a revisão de carreiras e tabelas remuneratórias”, estando estas negociações previstas para começar a 06 de janeiro do próximo ano.

No entanto, a ASPP salienta que “várias promessas permanecem por cumprir” como a publicação do despacho de pré-aposentação, implementação da mudança de índice por avaliação, pagamento de serviços remunerados em atraso e nova portaria, respeito à lei sindical nas Polícias Municipais, incremento da atratividade e reforço de efetivos.

A ASPP/PSP apela a uma intervenção mais eficaz do Governo, com investimentos reais em recursos, efetivos e valorização remuneratória. O bloqueio sistemático do Ministério da Administração Interna pelas Finanças não pode continuar a ser um entrave ao avanço das condições da PSP e ao serviço às populações. Senhor primeiro-ministro é tempo de agir para salvar a PSP”, apela ainda a ASPP.

Depois de ter sido aprovada na reunião de hoje da direção e assembleia-geral da ASPP, a carta foi entregue em São Bento, em Lisboa, onde uma delegação de delegados e dirigentes da ASSP realizaram uma pequena concentração junto à residência oficial do primeiro-ministro.

A carta foi entregue um dia depois de Luís Montenegro ter feito, às 20:00, uma declaração sobre segurança interna e anunciado um novo concurso para a aquisição de mais de 650 veículos para PSP e GNR no valor de 20 milhões de euros.

Novembro 28, 2024 . 18:55

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