Assistentes operacionais das escolas envolvidos em ações de capacitação

O município de Leiria promoveu na quarta-feira a primeira ação de capacitação para todos os assistentes operacionais das escolas do concelho de Leiria, privadas e públicas, face aos acontecimentos recentes de insegurança verificados na Escola Domingues Sequeira e nas imediações da Escola D. Dinis, ambas em Leiria.
“Achámos que era importante atualizarmos estes documentos e incluir medidas ou instruções de segurança muito vocacionadas para a lógica do controlo de acessos, intrusão, agressão e o cenário de haver pessoas com arma branca ou arma de fogo dentro do espaço escolar”, explicou o vereador da Proteção Civil, na reunião de câmara de quarta-feira.
Segundo Luís Lopes “não há” nenhum indicador que estes sejam cenários possíveis “a curto prazo” no concelho de Leiria, mas a obrigação de todas as entidades é “garantir que estamos preparados para qualquer eventualidade”.
Para além da ação de capacitação, na próxima semana o município de Leiria irá promover uma reunião dedicada aos diretores das escolas e aos delegados de segurança, em parceria com a Polícia de Segurança Pública (PSP), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Proteção Civil.
Na semana seguinte, o município irá fazer uma atualização das fichas de segurança de todas as escolas com “a colaboração ativa da GNR, da PSP e das escolas” e, por último, será feita uma sessão dedicada à identificação de boas práticas e implementação das mesmas no espaço escolar.
“Será feita também a partilha deste diagnóstico que fizemos com todas as partes envolvidas: assistentes operacionais, diretores de escolas, delegados de segurança, forças de segurança e serviços do município”, contou Luís Lopes, recordando que o município está a estudar a implementação de medidas nas escolas, nomeadamente no controlo de acessos, para além de identificar “a possibilidade da colocação de botões de pânico nas portarias com alerta direto para as forças de segurança”, entre outras medidas.
Já a vereadora com o pelouro, entre outros, da Educação, recordou a necessidade de as escolas repensarem a questão da segurança, admitindo haver “vulnerabilidades” a que têm de “estar atentos”.
“Houve mudanças que se fizeram sentir e que a escola não acompanhou porque está muito focada nos riscos provocados pelas alterações climáticas, os sismos, os incêndios e as inundações, no entanto há agora na agenda a questão da violência, das ameaças, da intrusão nas escolas, da importunação sexual e estas questões exigem por parte da escola saber como reagir”, completou Anabela Graça, adiantando que depois das visitas e das sessões com as diversas entidades envolvidas serão apresentadas as conclusões.