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Câmara de Alcobaça compra armazéns degradados junto ao mosteiro por 2,1 ME

A decisão aprovada por unanimidade na sessão da Assembleia Municipal prevê a aquisição dos antigos armazéns, junto ao Mosteiro.

A Câmara de Alcobaça vai adquirir os antigos armazéns da Raimundo & Maia SA, junto ao mosteiro, por 2,1 milhões de euros e requalificar o espaço considerado “um ponto negro” da cidade.

A decisão de adquirir o imóvel, por dois milhões e 150 mil euros, foi aprovada por unanimidade e aclamação no dia 31 de julho à noite, numa sessão da Assembleia Municipal (AM) em que todos os partidos aplaudiram o fim de uma contenda que se arrasta há duas décadas.

Os armazéns, localizados na Rua D. Pedro V, junto ao Mosteiro de Santa Maria e a um hotel de cinco estrelas, encontram-se em avançado estado de degradação sendo considerados “um ponto negro” em termos urbanísticos.

A compra, aprovada pela AM, abre “novas perspetivas de valorização, não apenas da cidade, mas de todo o concelho”, afirmou o presidente da Câmara Hermínio Rodrigues (PSD), na sessão em que se comprometeu a avançar com um projeto de requalificação daquele espaço.

A decisão põe fim a uma contenda de vários anos entre a autarquia e os proprietários do imóvel, que intentaram, em 2009, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, uma ação judicial contra o município de Alcobaça.

A ação teve por base uma intervenção de rebaixamento da cota de soleira da Rua D. Pedro V, onde se situam os antigos armazéns, cujos proprietários se consideraram lesados pela obra, exigindo uma indemnização do município.

O acordo entre os proprietários do edifício e a autarquia permite agora adquirir o imóvel composto por oito prédios urbanos e um rústico, totalizando uma área de 3.021 metros quadrados, no centro histórico da cidade.

De acordo com o presidente, a Câmara pretende “lançar um concurso de ideias” para a requalificação daquele espaço, logo que seja obtido o visto do Tribunal de Contas e se concretize a compra dos antigos armazéns.

“É uma oportunidade única para gerar novas dinâmicas sociais numa zona fulcral”, afirmou o autarca, admitindo que a solução possa “passar por um espaço de fruição pública ou de habitação para jovens”.

A proposta de lançar um concurso de ideias foi, na sessão, também defendida pelo PS, que considerou ser esta “a melhor forma de trabalhar esta zona”, para a qual defende um projeto que “enquadre o mosteiro, a cidade e os rios”.

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