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Região de Leiria pede soluções perante fecho prolongado da urgência obstétrica

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria pede soluções para dar resposta ao “período crítico de verão”, com o fecho da urgência obstétrica do Hospital de Leiria durante 18 dias

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) manifestou preocupação com o fecho da urgência obstétrica do hospital de Leiria durante 18 dias, pedindo soluções para dar resposta ao “período crítico de verão”.

“Estamos a acompanhar a situação do encerramento das urgências, é um período muito grande de encerramento, o que nos deixa bastante preocupados”, afirmou à agência Lusa o presidente da CIMRL, Gonçalo Lopes.

Os deputados do PSD eleitos por Leiria alertaram que a urgência obstétrica do hospital de Leiria vai estar fechada 18 dias, até ao dia 19, situação confirmada pela administração da Unidade Local de Saúde.

Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde entregue no parlamento, os deputados questionam se Ana Paula Martins tem conhecimento dos “constrangimentos nos hospitais de Leiria e das Caldas da Rainha”, nomeadamente, “do encerramento da urgência obstétrica de Leiria durante 18 dias, de 02 a 19 de agosto”.

No documento, os parlamentares referem que “a prestação dos cuidados de saúde no distrito de Leiria, e em particular nos concelhos de Leiria e das Caldas da Rainha, tem vindo a degradar-se e a criar uma incapacidade de dar respostas efetivas às necessidades dos utentes, gerando até um clima de insegurança perante o cenário”.

Ausência de resposta “não é compatível com a saúde”

Gonçalo Lopes, também presidente da Câmara de Leiria, defendeu que “deve existir outro tipo de soluções, para poder dar resposta neste período crítico de verão”.
“Sabemos que há falta de médicos especialistas nesta área, no entanto, assim como foram encontradas soluções no âmbito da ‘Bata Branca’, nomeadamente no caso de Leiria, tem de existir um reforço de financiamento e de atração de médicos em períodos críticos em hospitais como o de Leiria”, declarou.
Realçando que o Hospital de Santo André, em Leiria, “serve uma população extremamente grande”, o autarca salientou que o encerramento da urgência até 19 de agosto representa “uma ausência de resposta que não é compatível com a saúde” que se deseja na Região de Leiria.
“Por isso, vamos insistir com a marcação de uma reunião com a senhora ministra, já pedida há algum tempo, onde o tema das urgências é uma das prioridades, porque queremos respostas efetivamente mais rápidas que sejam garante da qualidade de vida das pessoas que habitam na Região de Leiria”, declarou Gonçalo Lopes.
A este propósito, apontou que todas as autarquias e a própria CIMRL estão “a fazer um esforço de financiar a melhoria na saúde, com projetos como o ‘Bata Branca’”, no qual são financiadas consultas para utentes sem médico de família, ou com a criação de uma creche intermunicipal, para dar apoio aos profissionais do hospital de Leiria. “Tem de existir efetivamente aqui um esforço coletivo para encontrar soluções e evitar encerramentos tão prolongados”, acrescentou o presidente da CIMRL.
Na pergunta à tutela, os cinco parlamentares social-democratas eleitos por Leiria referem que “a prestação dos cuidados de saúde no distrito de Leiria, e em particular nos concelhos de Leiria e das Caldas da Rainha, tem vindo a degradar-se e a criar uma incapacidade de dar respostas efetivas às necessidades dos utentes, gerando até um clima de insegurança perante o cenário”.
Ao Diário de Leiria, a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL) confirmou o encerramento do seu serviço de urgência ginecológica/obstétrica até as 09h00 do dia 19 de agosto, justificando com a “falta de recursos humanos”.
“Este encerramento já estava programado de forma a dar uma resposta consistente às utentes e grávidas da ULSRL até ao final do presente ano e foi articulado com a ULS de Coimbra”, adianta.
Segundo a ULSRL, “as utentes e grávidas da área de influência da ULSRL deverão ligar previamente para a Linha SNS Grávida – 808 24 24 24, para serem encaminhadas, antes de se deslocarem para qualquer unidade de saúde”.

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